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A Batalha Divina - Capítulo 6: Os Portões do Inferno

Capítulo VI: Os Portões Do Inferno:


Após derrotar Fome, o terceiro cavaleiro, os querubins rompem o quarto selo sagrado e então Morte, o quarto e último cavaleiro do apocalipse surge trazendo consigo o inferno, Xena entra em combate direto com Morte e eis que subitamente, o cavaleiro consegue ceifar a alma de Gabrielle e com isso, algo estranho ocorre com o jovem ex-serafim Amandriel.
Perplexa com o acontecido, Xena esboça um forte grito de dor e tristeza contemplando a tétrica cena à sua frente dizendo:
- GABRIELLE...!
Neste mesmo instante, algo estranho acontece. Amandriel olha para o cavaleiro e eis que trovões surgem nos céus fazendo uma dança divina mesclando em raios e então, as orbitas dos olhos seus tomam uma cor azul emanando uma forte luz que ofusca até a visão de Morte.

Agora:

Uma névoa de mistério paira no ar assustando a todos os que ali, encontravam-se presentes naquele campo tétrico de batalha e então, Amandriel refere-se ao cavaleiro dizendo:
- Em verdade vos digo ser do inferno que tu não deverias fazer isso...
- O que está acontecendo? Porque os olhos seus estão brilhando desta forma...?
Eis que subitamente, emanou uma forte luz de dentro de Amandriel revestindo-o completamente alterando a sua forma humana e dando lugar a sua forma angelical novamente. Amandriel voltou a ficar da mesma altura de Xena, suas vestes eram brancas e o mesmo usava uma armadura dourada, em suas costas, haviam um par triplo de asas brancas onde um par se dobrava e cobria-lhe os olhos seus, sua tez se revestiu em luz divina e em sua destra, uma espada cuja lâmina era de puro fogo e então, Morte o indaga:
- Como pôde? Como conseguistes a tua graça divina de volta? Diz-me...!
Os lábios de Amandriel não se moviam, mas a tua voz calma e doce saía de dentro dele dizendo:
- Finalmente eu compreendi o que o meu pai quereria que eu entendesse.
- Dizei-mo o que és ser divino.
- A minha fé pelo ser humano nunca se abalou, mas eu precisava reconhecer que a criação mais perfeita de meu pai ainda precisa ser amada, pois eles são necessitados de amor cujo júbilo emana na fonte da vida eterna de meu pai e em verdade vos digo que ainda que me reste apenas um suspiro, eu lutarei para salvá-los e serei com eles.
- NÃO...! Eu o impedirei. Eu ceifarei todas essas almas pecadoras.
Uma batalha então se inicia, Morte e Amandriel vão de encontro ao outro e as suas armas se chocam em um golpe desferido contra eles próprios e por vezes as suas armas se chocam. Morte desfere um golpe com a sua gadanha e Amandriel o bloqueia, mas o cavaleiro o contra ataca desferindo a sua gadanha no tornozelo esquerdo do serafim, mas o mesmo dá um salto mortal para trás plantando os seus pés no chão novamente e desferindo um golpe lateral com a sua espada de fogo na altura do peito de Morte, mas o cavaleiro é um exímio guerreiro e o bloqueia com a sua gadanha. E naquela dança tétrica, os dois guerreiros passam a medir as suas forças com as suas armas cruzadas e então, Morte o lança para longe. Neste mesmo momento, a princesa guerreira que se encontrava completamente em choque por ver a morte de sua alma gêmea... Ajoelhada no chão, ela toma posse de seu chakram com lágrimas alheias nos olhos seus e subitamente, a mesma dá o seu grito de guerra e lança o seu chakram que atinge certeiramente o braço do cavaleiro, Xena dá um salto mortal duplo e ainda no ar, o seu chakram volta e a mesma toma posse de sua arma novamente e mais uma vez, Xena planta os seus pés no chão na frente de Morte e eis que a batalha resvala nas mãos da princesa guerreira.
O cavaleiro do apocalipse desfere um golpe com a sua gadanha na altura do pescoço de Xena, mas a mesma o defende com o seu chakram com a mão esquerda e com a mão direita, a princesa guerreira desfere um golpe de espada na altura do ombro do cavaleiro, mas Morte é astuto e bloqueia o golpe de Xena com a haste de sua gadanha levantando-a e eis que as suas armas ficam bloqueadas onde Xena desfere um chute em seu estômago fazendo-o desequilibrar e resvalar no chão a alguns passos da princesa guerreira e eis que neste momento, Amandriel surge novamente desferindo a sua espada de fogo na altura da cabeça do cavaleiro onde o mesmo bloqueia o golpe com a lâmina de sua gadanha e rapidamente, o mesmo desfere um chute lateral na lateral do joelho de Amandriel fazendo-o desvencilhar.
Neste momento, Morte se levanta e então, Xena gira a sua espada de fogo em quatro no ar e também desfere um golpe de espada no cavaleiro e ao mesmo tempo, Amandriel também desfere um golpe de espada no cavaleiro, mas o mesmo se defende bloqueando os dois golpes com as duas faces de sua gadanha. Com a lâmina, ele bloqueia o golpe de Xena e com a haste de sua gadanha, ele bloqueia o golpe de Amandriel e então, observando a sua desvantagem, o cavaleiro refere-se aos dois serafins dizendo:
- Voltaremos a nos encontrar e enquanto a você Xena; sofra com a Morte de sua amada poetisa. Em verdade vos digo que este foste um presente para o meu Senhor. Ele irá se deleitar com a alma doce de tua amada.
E eis que subitamente, Morte se desmaterializa deixando Xena e Amandriel sozinhos em meio aquele campo de batalha tão vil.
Xena e Amandriel voltam a sua forma humana e então, a princesa guerreira passa a referir-se à Amandriel dizendo:
- Diga-me como posso ir ao inferno.
- O que pensa em fazer Xena?
- Ainda não entendeu? Eu vou salvar Gabrielle.
- Você não pode Xena.
- E quem irá me impedir...?
- Entenda Xena; se você fores ao inferno sem o consentimento de meu pai, você perderá a sua graça divina e então, você se tornará um demônio – uma vez no inferno.
- Eu não me importo Amandriel! Eu vou salvá-la com ou sem o consentimento do teu Deus.
- Sabes que eu terei que impedi-la não é?
- Você não quer fazer isso.
- Se for preciso para salvar a sua alma, então eu o farei, pois além de tudo, eu ainda sou o teu anjo da guarda. Não te lembras...?
- Amandriel, por favor, eu não quero te machucar, mas ninguém me impedirá de salvar Gabrielle.
O jovem serafim Amandriel abaixa a sua cabeça; pensativo e suspira lentamente tentando recuperar a consciência, mas eis que subitamente, Amandriel refere-se à princesa guerreira dizendo:
- Tudo bem Xena, em verdade vos digo que eu lhe ajudarei nesta nova batalha, mas sabei-lo; iremos contra tudo agora. Tentarão nos impedir.
- Eu sei disso, mas deixe que venham. Eu enfrentarei tudo por Gabrielle.
- Eu ficarei aqui e cuidarei de Morte enquanto você salva Gabrielle. Apenas se concentre, pense no inferno e se materialize para lá. Tenha fé e não tema. Quando chegardes lá; tome cuidado com Cérbero, o cão de três cabeças de Lúcifer, ele vigia um dos nove ciclos do inferno. Encontrará também Amithiel e Lilith.
- Quem são essas duas?
- Elas são anjos caídos. Quando Lúcifer foi para o inferno, ele levou consigo uma terça metade dos meus irmãos e irmãs e lá, elas agora domem a gosto na alcova tétrica de luxúria do rei das trevas. Em verdade vos digo que elas são as concubinas de Lúcifer e eis que elas tentarão você Xena. E mais uma coisa, o inferno contém nove ciclos, provavelmente, a alma de Gabrielle encontra-se no nono ciclo, onde se encontra a jaula de Lúcifer.
- Me lembrarei disso.
Eis que subitamente, raios e trovões assomam nos seus, a calma viração eólica passa a se tornar densa e então, Xena refere-se à Amandriel dizendo:
- O que é agora?
- Os sete arcanjos estão vindo.
- Para tentar me impedir...?!
- Sim Xena. Vá, eu cuido deles.
- Mas Amandriel; você ficará bem?
- Eu ficarei eu vo-lo, juro. Vá e salve a sua alma gêmea.
- Obrigado Amandriel.
O jovem serafim segura Xena pelo seu braço direito e refere-se à mesma dizendo:
- Tome cuidado Xena, em verdade vos digo que tu serás tentada no inferno.
- Eu tomarei sim, cuide-se e fique vivo, não desista.
- Eu nada temo e não desistirei.
Neste momento, Xena fecha os olhos seus e se desmaterializa na frente de Amandriel e então, eis que resvala dos céus sete raios revestidos de luz e sete silhuetas masculinas assomam na frente do serafim e o que se encontrava no meio dos sete; referiu-se à Amandriel em um tom áspero dizendo:
- Como pôde fazer isto Amandriel?
Aquele arcanjo era belo como as margens dos mares dos campos Elíseos, tua fronte era tão branca que parecia ser lívida na mais alta resplandecência de luz, seus cabelos eram longos e doirados, sua armadura era negra revestida em prata pura tão reluzente que até chegava a ofuscar a visão de quem a contemplasse e as suas enormes asas eram negras.
E então Amandriel o responde dizendo:
- Em verdade vos digo que não há mais volta Miguel.
- Você deveria tê-la impedido de ir ao inferno.
- Sabes bem o que poderá acontecer se Xena não conseguir salvar a alma de Gabrielle?
- Todos nós sabemos, mas o seu amor por essa guerreira está fazendo a sua mente devanear.
- Não nego que por causa da minha casca humana, eu também me apaixonei pela Xena em minha forma humana, porém... Em primeiro lugar, eu sou o seu anjo da guarda. Se Xena não salvar Gabrielle, ela também se afogará no inferno, pois a alma dela necessita da alma de Gabrielle como a de Gabrielle necessita da alma de Xena.
- É um preço a ser pago, as duas são almas gêmeas, pois nosso pai quis assim.
A conversa é interrompida por um segundo arcanjo. Este era alto, cabelos negros e compridos que resvalavam até a altura do meio de suas costas, sua armadura também era negra com detalhes em prata e o mesmo segurava uma espada e o seu nome era Raphael. E eis que este arcanjo referiu-se à Amandriel dizendo:
- Precisamos ir agora até o inferno trazer Xena de volta.
- Eu não permitirei isso Raphael.
Um terceiro arcanjo se mostrou presente, seu nome era Zadquiel e eis que o mesmo dissera:
- Em verdade vos digo que tu és forte Amandriel, pois tu és da guarda imperial de nosso pai, mas será mesmo que tu podes derrotar sete arcanjos de Deus?
- Em verdade vos digo que não se trata de força e poder Zadquiel e sim de fé e tu sabes disso e se eu precisar morrer, então eu pagarei tal preço.
Um quarto arcanjo se faz presente e refere-se a todos os presentes:
- É impressionante. A casca humana de Amandriel está tão cega por essa guerreira que Amandriel já está blasfemando contra o nosso pai.
- Não tente contra mim Jofiel, eu faço essas cousas, pois eu ainda tenho fé neles.
Um quinto arcanjo de cabelos doirados e compridos cujo seu comprimento iria de encontro até quase a metade do meio de suas costas e então, este reverbera:
- Ás vezes eu tenho as minhas dúvidas Amandriel. Será mesmo que essa criação de nosso pai merece que nós lutemos por eles?
- Por tudo que é mais sagrado nos céus que sim. Desde que eu próprio vaguei como um ser humano aqui na terra... Como uma alma vivente sem minha graça divina, eu compreendi o que é ser um ser vivente totalmente desprotegido.
O arcanjo Miguel por sua vez, refere-se aos outros três arcanjos dizendo:
- Gabriel, Uriel e Chamuel; vocês três posicionem-se.
Amandriel por sua vez o interrompe e o indaga:
- Dizei-mo em veracidade Miguel; enfrentarás o teu irmão mesmo?
- Precisamos trazer Xena de volta, se ela falhar em sua missão, ela poderá se tornar um demônio e todos nós ficaremos a mercê d’Ela.
- E por isso, colocará a sua tropa divina de arcanjos de nosso pai para tentar-me?
- Se for preciso sim.
Eis que neste exato momento, os sete arcanjos se agruparam cercando Amandriel e eis que o mesmo empunha a sua espada de fogo novamente e se prepara para o forte ataque de seus irmãos arcanjos, mas eis que um trovão fortíssimo soa nos céus e uma voz ríspida e gigantesca que ecoa por todos os lados daquele campo assoma dos céus referindo-se a todos os anjos que ali; se preparavam para batalharem entre si dizendo:
- Já chega! Parem meus filhos!
Todos os anjos abaixaram as suas espadas e uma névoa de temor assomou em suas faces que agora tomavam uma forma lívida e embaçada de pesar. E eis que o Deus único continuou dizendo:
- Miguel; tu e teus irmãos arcanjos venhais de encontro ao meu reino! Quanto a ti Amandriel; sabes bem o que fazer. Empunha a tua espada e prepara-te para combater Morte por mais uma vez.
Acatando as ordens de Deus, todos os arcanjos embainharam as suas espadas, mas o arcanjo Jofiel indagou a Deus dizendo:
- Mas meu pai, quanto a Xena?
- Deixai a guerreira sob as minhas asas, pois eu sou com ela.
Eis que subitamente, todos os arcanjos bateram as suas belas asas e começaram a levantar vôo e numa longa distância; os mesmos desapareceram no céu deixando Amandriel a sós com seus pensamentos. Então; o jovem serafim fora procurar pelo quarto cavaleiro do apocalipse rastreando-o pelos tétricos e macabros rastros de sofrimento.

Enquanto isso:

A princesa guerreira usa os vossos poderes agora de serafim e se materializa e se vê perdida em meio a uma floresta densa e obscura; gigantescos arvoredos em uma tonalidade acinzentada com folhas secas no chão, uma tétrica viração eólica que até podia-se escaldar a cabeça de embriaguez e de insanidade, uma névoa de pavor e temor assomavam naquele local ermo onde Xena sempre desconfiada e pronta para enfrentar tudo por sua amada poetisa passa a vagar e na sua jornada, ela se depara com uma trilha de flores mirradas, mas a cor daquelas flores já não tinha mais vida; elas se encontravam com as pétalas murchas e negras completamente despedaçadas, sangue e ossos espalhados naquele solo negro, uma neblina negra pairava no ar e então Xena decide seguir tal trilha, em seu caminho, ela escutara vozes indistintas de pessoas, mas ao olhar, ela não entrevia ninguém, mas havia naquele cantar melodioso, um como gemer de insânia e de pesar, um tétrico pedido de socorro e aqueles traços todos eram mesclados por um fétido aroma que se esparzia por todos os locais e então, após longo tempo vagando apressada, a princesa guerreira deparou-se com uma entrada, aquela porta era gigantesca, nos lados, havia dois arvoredos enormes sem uma só rama de folhas ou flores, eram arvoredos de cor acinzentada e no cume, os mesmos tomavam uma forma curvilínea que ao se encontrarem, tomavam uma forma abobadada e no meio dos dois arvoredos, havia uma enorme porta de ferro completamente aberta e no cume bem acima dos arvoredos; pregada nos arvoredos, havia uma placa de metal escrito com sangue, e os dizeres em latim que estavam grifados diziam:

Por mim se vai à cidade dolente,
por mim se vai à eterna dor,
por mim se vai entre a perdida gente.

Justiça moveu o meu alto feitor;
fez-me a divina potestade,
a suma sapiência e o primeiro amor.

Antes de mim não foram coisas criadas
se não eternas, e eu eterna duro.
Deixai toda esperança, vós que entrais”.

Após contemplar aqueles versos tão tétricos descritos na placa, a princesa guerreira adentra aquele local fúnebre e logo – Xena escuta gritos de pavor e desespero onde os ais de sofrimento se esparziam com o aroma fétido e putrefaço.
A princesa guerreira se depara com um enorme salão negro, com enormes pilares trabalhados em ossos sustentando o teto e naquele salão, ela vê almas que em vida foram sábios e filósofos vagando por entre aquele enorme salão. Almas que em vida deixaram o seu conhecimento empírico tornar-se maior que a fé no Deus único. Este local era o “Limbo”, o primeiro dos nove ciclos do inferno.
Xena continua a vagar e naquele salão, ela se depara com uma escada íngreme onde a princesa guerreira começa a descer os degraus e cada passo que a mesma dava, ela escutava gritos de dor e desespero e suspiros de insânia. A sua espada de fogo, iluminava o local onde ela passava e a cada passo dado, as almas a olhavam perplexas. O que um serafim estaria a fazer no inferno? Mas aquele ser, não era de todo um serafim, havia também naquela silhueta feminina, traços humanos. Era então serafim ou alma vivente? Perguntavam a si próprias as almas sofredoras que vagavam no inferno.
Após a sua descida, Xena se depara com mais um ciclo. O ciclo da luxúria fora o segundo ciclo em que a princesa guerreira adentra. Xena contempla várias almas sendo torturadas por demônios, gritos de dor ecoam sob aquele enorme salão que assomava um fétido aroma e eis que uma sombra de mulher apareceu, aquela névoa negra foi-se tomando forma até surgir uma mulher bela, de longos cabelos negros e lisos que resvalavam até o meio de suas costas em comprimento, sua tez era lívida; suas unhas enormes que pareciam até garras eram tingidas em uma cor negra, quase da altura de Xena ela trajava um longo vestido negro, os olhos seus eram castanhos escuros e em seu pescoço se pendurava um crucifixo lívido e invertido. E aquela forma branca de mulher caminhara até a princesa guerreira sedutoramente e à medida que a mesma caminhava, Xena segurava a sua espada de fogo com mais força esperando o momento certo para atacá-la e então, a silhueta do inferno saudou Xena dizendo:
- Olá princesa guerreira, o que te trazes aqui?
- Vim buscar Gabrielle e ninguém vai me impedir.
A forma branca e demoníaca então revirou os olhos seus e lhe respondera em tom de escárnio dizendo:
- A poetisa? Nossa. Xena, Xena, Xena... Contemple o seu redor... Há tantos prazeres aqui. Prazeres que o meu Senhor pode lhe oferecer.
- Não quero esses prazeres, eu quero é a minha Gabrielle de volta.
- Xena, você já sentiu a luxúria e o ódio tomarem conta de você. Você sabe como é a sensação.
- Quem é você e o que quer...?
- Eu me chamo Lilith e eu quero você Xena.
- Que conversa é essa?
- Vamos Xena, esqueça Gabrielle e essa sua tola missão e desfrute dos prazeres do reino do meu Senhor.
- Não obrigada.
- Escute, olhe a sua volta.
Neste momento, Xena olhou a sua volta e aquele salão havia mudado, ela agora contemplara várias almas em tétricas orgias, demônios em atos libidinosos com almas humanas e os gemidos e gritos de prazer ecoavam por todo o salão.
Havia naquele salão, camas forradas com cetim vermelho e almofadas de algodão forradas com um forro negro ou vermelho. E em meio a tantas orgias Xena contempla algo diferente em meio a tantas almas humanas e demônios; ela contempla uma silhueta feminina. Era outra forma branca de mulher. A sua tez era lívida e embaçada, os olhos seus eram negros, os seus cabelos eram curtos cujo comprimento chegava até os seus ombros que eram magros, em seu pescoço, se pendurava um pentagrama invertido, os lábios seus eram curvilíneos onde eram tingidos com uma espécie de cor rubra, as suas unhas também eram enormes que pareciam até garras e essa silhueta de mulher trajava um vestido negro sem alças que resvalava em comprimento até os seus joelhos onde ali; o vestido se esparzia em babados negros. A mesma estava ajoelhada de frente para uma alma humana feminina sorvendo o seu sexo e ainda fazendo as suas investidas com a sua língua áspera naquele sexo, a mesma olhara para a princesa guerreira, parou, levantou-se e foi de encontro as duas ainda mais sedutora e quando se fez presente à Xena, a mesma então a saudou:
- Olá Xena, finalmente lhe conheci.
Havia naquele cantar melodioso, um como suspirar de sedução outro como gemer de prazer libidinoso em ais de insânia.
Xena então respondera:
- Quem é essa agora...?
- Eu me chamo Amithiel. Fique conosco Xena e terás prazeres inimagináveis. Prazeres que vão além da compreensão humana.
- Vocês são as esposas de Lúcifer...?!
- Ora vejam só... Tu sabes quem nós somos.
Neste momento, Xena empunha a sua espada e uma forte luz emana da mesma e em alto e bom som, a princesa guerreira reverbera:
- Já chega. Desapareçam.
Lilith e Amithiel então mostram as suas garras e abrem suas bocas e seus dentes são revelados. Seus dentes eram como os de serpente; cada dente era fino e curvilíneo e os caninos eram bem maiores e então, os dois demônios tomaram uma forma diferente, a sua tez ficara esverdeada como a cor do cadáver e as mesmas atacaram Xena ferozmente, mas a princesa guerreira apenas ergueu a sua espada e desferiu um golpe lateral que atingiu entre o pescoço e atravessou até as costelas de Lilith e logo em seguida, Xena desferiu outro golpe dessa vez em Amithiel que cortara a sua garganta e então, os dois demônios apenas desapareceram e o local de luxúria e orgia desapareceu com Lilith e Amithiel voltando a ser apenas o salão com várias almas sendo torturadas por demônios e então Xena caminha e contempla uma gigantesca fila de almas e mais a frente, ela contempla um demônio despido cobrindo apenas o lugar onde se encontraria o seu órgão masculino, aquela forma de demônio era gigantesca, em sua cabeça, era permeada uma coroa de ouro enriquecida com pérolas raras, em sua testa, havia um par de chifres negros e nele, havia também uma enorme calda no fim de suas costas e ao contemplar a chegada de Xena, aquele demônio reverbera ferozmente para a mesma dizendo:
- Quem sois vós que aqui entrais?
- Meu nome é Xena.
- Tu és ser divino ou alma vivente?
- Eu sou os dois agora.
- O que quereis aqui?
- Eu vim salvar a minha alma gêmea e ninguém vai me impedir.
- Desiste de tua missão ser divino, pois em verdade vos digo que se tua alma gêmea estás aqui, então daqui, ela nunca mais sairá.
- Sairá sim, pois eu a salvarei.
- Não tente diversificar suas filosofias de guerreira e serafim aqui, pois neste reino só há uma filosofia verdadeira e esta é a do meu Senhor.
- Eu não me importo com o seu Senhor, eu passarei por você e pronto.
- Cuidado guerreira, pois tão longa será a tua caminhada em busca de teu amor, mas quão longa ainda serás a caminhada de volta.
- O quer dizer com isso?
- Em verdade vos digo que eu sou Minos; o juiz do inferno. Aqui eu ouço as confissões das almas pecadoras e as ordeno para que ciclo deva ser levadas cada alma.
Neste momento, uma horda de demônios assomam diante de Xena empunhando as suas espadas e então se inicia uma batalha onde Xena toma posse de seu chakram e o lança atingindo cinco demônios, mas outros dois demônios a tacam, mas a mesma se defende com a sua espada de fogo e apenas com um golpe, ela desfere contra as espadas dos dois demônios e as lâminas se partem e neste momento, Xena continua com o seu golpe terminando de desferir contra eles atingindo-os certeiramente.
Outros três demônios a atacam e Xena dá o seu grito de guerra seguido de um salto mortal duplo e ainda no ar, Xena desfere um golpe de espada atingindo a cabeça dos três demônios e assim, ela planta os pés no chão diante de Minos cujo mesmo se levanta e com o seu punho serrado, o mesmo desfere um soco no chão tentando esmagar a princesa guerreira, mas a mesma se esquiva, salta e desfere um golpe de espada no braço direito de Minos fazendo-o desequilibrar e resvalar no chão.
Aproveitando a deixa, Xena consegue sair daquele salão e se depara com uma estrada ainda mais íngreme. E eis que a princesa guerreira começa a descer aquela estrada de lama e após caminhar por longos minutos, ela se depara com o terceiro ciclo do inferno, o ciclo da gula. Lá; Xena contempla várias almas submersas sob uma lama podre e no canto direito daquele vasto campo aberto, a princesa guerreira contempla um enorme cão com três cabeças, no lugar das unhas, haviam garras e os seus dentes, eram longos e afiados como a lâmina de uma espada. Seu rosnado era feroz e macabro e seu nome era Cérbero; o cão do inferno. Ele torturava, dilacerava, cortava e mordia os corpos daquelas almas e para um maior tormento, elas se regeneravam para sofrerem eternamente aquela tortura sem fim. E por debaixo dele, a princesa guerreira contempla Calígula sendo torturado por Cérbero. Com as suas garras, Cérbero dilacerava aquele que em vida fora um tirano insano.
Ao contemplar Xena, Cérbero rosna para a guerreira e começa a caminhar vagarosamente, com o seu olhar fulminante, os olhos seus eram rubros e dos seus dentes, resvalavam sangue e eis que Cérbero; o cão de três cabeças do inferno começara a atacar Xena com os seus dentes e garras tentando morder, arranhar e dilacerar a princesa guerreira, mas a mesma passou a esquivar e então, em um golpe certeiro, Xena desfere a sua espada em uma das cabeças de Cérbero fazendo-o resvalar no chão ainda vivo.
Xena contempla o lugar e sai dali apressadamente continuando a descer naquela vereda íngreme e lamacenta e em sua caminhada, ela se depara com o quarto ciclo do inferno; o ciclo da avareza. Lá; Xena contempla um enorme campo aberto com milhares de almas carregando gigantescas moedas de ouro de um lado para o outro e por várias vezes, se machucando como peso das mesmas, do lado oposto àquele, Xena observa milhares de almas sendo chicoteadas por demônios tendo que levantar as moedas e empilhá-las uma por uma como se estivessem construindo castelos de ouro e então, a princesa guerreira para, se ajoelha no chão e lágrimas alheias começam a assomar nos olhos seus em tristeza por contemplar aquele lugar e eis que a mesma começara a pensar consigo mesma:
“Você não merecia estar aqui Gabrielle. Eu não me conformo. Eu vou te salvar meu amor, eu lhe prometo”.
Após se recompor e enxugar as vossas lágrimas, Xena volta a caminhar naquela vereda que a levou para o quinto ciclo do inferno. O ciclo da ira. Na entrada deste ciclo, Xena se depara com o Rio Estige. Logo na entrada, havia uma cachoeira gigantesca de água e sangue borbulhante que assomava ácido e queimava-lhe a carne das almas que ali se afogavam em um mar de dor e desespero cujas almas mesmo submersas; lutavam entre si ferozmente e eis que um pequeno barco assoma diante da princesa guerreira e conduzindo o barco, havia uma silhueta esquelética masculina. Aquela alma do inferno tinha cabelos brancos e compridos que resvalavam em comprimento até além do meio de suas costas, ele trajava uma vestimenta negra e em sua destra, ele trazia consigo apenas um remo e então, o mesmo indaga à Xena:
- Quem sois vós?
- Meu nome é Xena. Leve-me até o próximo ciclo.
- Entre em meu barco serafim, mas sabei-lo; aqui é a cidade da perdição e do sofrimento onde só há lugar para a eterna dor, então abandonai a esperança todo aquele que aqui entrar.
- Quem é você?
- Eu sou Flégias, mas alguns me conhecem como Caronte, o barqueiro do inferno e este é o meu rio. Chamo-lhe de Rio Estige.
- Certo Flégias, leve-me até o outro lado.
Velejando por entre aquele rio de sangue e ossos onde as almas se afogavam em sua própria fúria, Xena entrevê; submerso, quase se afogando, Júlio César e eis que o mesmo fixa os olhos seus à Xena e lhe reverbera:
- Ajude-me Xena. Ajude-me e eu lhe recompenso.
A princesa guerreira não o responde; apenas fecha os olhos seus e desvia-lhe a face.
Após muito velejar, o barqueiro chega do outro lado do rio e eis que Xena desce e contempla a Cidade de Dite; a cidade dos pecadores. Lá; ela contempla almas que em vida cometeram pecados sem intenção e almas que também pecaram intencionalmente. Eram gigantescas as muralhas de ferro que se erguiam por envolto daquele ciclo e naquela cidade, Xena contemplou vários anjos caídos que ali sofriam sendo torturados por demônios e alguns d’eles até torturavam os seus próprios irmãos e então, Xena continua a caminhar e se depara com uma pequena porta metálica no meio da muralha de ferro. A princesa guerreira dá um pequeno salto e chuta a porta fazendo-a abrir em seguida tamanha a força de seu chute e após atravessar, ela se depara com o sexto ciclo. O ciclo dos hereges. Lá; Xena contempla um imenso cemitério de fogo onde várias almas sofriam por terem desacreditado na existência do Deus único e ali, Xena contempla também um gigantesco demônio comandando sua horda para torturarem as almas que ali, estavam presentes nas criptas daquele cemitério. Em cada cripta, haviam milhares de almas sofrendo.
Aquele demônio era gigantesco, sua cabeça era como o de uma harpia, sua boca era protuberante e de cor rubra, seus dentes eram enormes e afiados como lâminas, seu corpo esquálido e rubro, era formado por almas que gritavam de desespero, em sua testa, um enorme par de chifres que se erguiam e se esparziam entre si e em sua destra, ele empunhava uma enorme espada que aparentava até ser maior que seu próprio braço. E seu nome era Ala. E então, aquele ser do inferno reverberou para Xena:
- Quem sois vós que aqui entrais?
- De novo...? Não vou perder mais tempo com isso...!
Xena dá o seu grito de guerra e dá um salto mortal e enquanto isso, o demônio ergue a sua espada rosnando em fúria e Xena aplica um golpe com a sua espada de fogo fazendo as duas espadas se chocarem e neste momento; mentre os dois mediam as suas forças, os dois são lançados para lados opostos e então Ala, o ser do inferno volta a indagar para Xena:
- O que quereis aqui em meu ciclo?
- Vim resgatar minha alma gêmea.
- Não há mais salvação para ela, pois a mesma se encontra na alcova do meu Senhor.
- Então eu precisarei destruir o seu Senhor.
O demônio gargalha e continua:
- Quem sois vós para dizeres tal tolice? Sabei-lo; esta és uma missão suicida. Tu irá falhar em teu propósito.
- Eu não falharei e mesmo que eu precise morrer por ela, então eu morrerei.
- Sou eu um comandante de tropas infernais. Se desistires de sua jornada por amor ao nome de tua alma gêmea, eu prometo que a colocarei sob domínio de minha horda assassina. Basta largar a tua espada e se ajoelhar diante a mim e a meu Senhor.
- Não obrigada. Eu vou resgatá-la e sairei daqui com ela, entendeu coisa feia?
- Tola, se fores assim que tu queiras, então morra.
Neste momento, Ala; o guerreiro do inferno fez resvalar grossas lágrimas de chuva que se esparziam por entre o chão de terra que se formava naquele cemitério e logo depois, ele também fez resvalar granizo e abalos sísmicos assomaram fazendo abalar as estruturas do local, Xena olhou para os lados e voltou o seu olhar rapidamente para o demônio quando eis que o próprio demônio ordenou aos seus anjos do inferno para atacarem Xena, mas eis que neste momento, uma forte e gigantesca luz emanou de dentro da princesa guerreira fazendo ofuscar a visão de todos os demônios que ali estavam presentes e todos se afastaram d’Ela temendo o seu poder e a sua coragem.
Aproveitando deste momento, Xena salta e começa a bater as suas asas agora de serafim e começa a voar. E com a sua espada de fogo erguida, ela desfere um golpe único e certeiro que decepa a cabeça de Ala fazendo-o resvalar no chão.
Xena volta a caminhar apressadamente por entre aquele local de miséria e sofrimento eterno e contempla alto precipício circular com uma pequena vereda de lama onde aqui, ali, além eram pedaços de ossos e sangue que se esparziam e este local era chamado de “Vale do Flagentonte” e eis que então, ela sente um aroma putrefaço, mas a mesma seguiu e avistou o sétimo ciclo do inferno e neste local era tomado pela violência.
No primeiro vale do sétimo ciclo, Xena contempla um enorme rio de lava e sangue e na margem deste rio, ela contempla vários centauros que em vida, pecaram cometendo violência contra o próximo e no meio deles, destacavam-se três centauros armados com arcos e flechas. Eram eles Quiron, Nesso e Foua, eles atiravam intermináveis flechas contra as almas que se emergiam do rio de sangue para tentarem ir de encontro à margem e eis que novamente, ela contempla o tirano Calígula submerso em sangue e a mesma não compreende o porquê que o mesmo estaria ali naquele vale sendo que ela o viu sendo massacrado por Cérbero, mas a mesma ergue a sua cabeça e continua a vagar, mas eis que os Centauros avistam Xena e passa a atirar as suas setas n’Ela. Xena bloqueia todas as flechas com a sua espada de fogo e cada vez que as flechas se chocavam contra o fogo que se esparzia no lugar da lâmina de sua espada, as mesmas se quebravam e resvalavam no chão.
Saindo apressadamente daquele vale, Xena contempla o segundo vale do sétimo ciclo. “O Vale dos Suicidas”. Lá; ela contempla várias almas presas em correntes sendo torturadas, acoitadas e mortas por vários demônios que após morrerem, o corpo se regenerava por completo e então, era submetida pela mesma tortura. Aquele vale era gélido e sombrio.
Xena contempla então harpias que se erguiam voando e passaram subitamente a atacá-la e então, a princesa guerreira começa a desferir golpes com a sua espada nas harpias. Seus grunhidos eram macabros e ecoavam e mesclavam com os gritos e lamento das almas que eram torturadas e então, Xena toma posse de seu chakram e o lança atingindo certeiramente nas harpias fazendo-as temer a princesa guerreira.
Caminhando mais um pouco, Xena contempla o último vale. “O Vale Areão Ardente” nele, Xena contempla várias almas que sofriam por terem em vida; cometido violência extrema contra o Deus único. Lá; ela entrevê várias almas que em vida blasfemaram contra o Deus único e então, ela continua a vagar e avista o oitavo ciclo do inferno; o Malebolge. Este ciclo era subdividido por dez fossos circulares e em cada fosso, haviam várias almas que ali sofriam por cada pecado específico que cada alma havia cometido em vida e esses fossos eram ligados por uma enorme ponte de madeira que eram presas em barras grossas de ferro na ponta de cada extremidade e então, ao cruzar a enorme ponte de madeira, Xena se depara com uma enorme entrada circular. Ao passar pelo enorme portal, a princesa guerreira contempla um enorme lago de água cristalina, este era o “Lago Cocite” que no inferno era chamado também de o “Lago da Traição”. Lá; Xena contempla milhares de almas congeladas, outras se afogando nas águas do lado sentindo um frio intenso. Xena percebe que o nono e último ciclo do inferno era subdividido por quatro esferas no qual o que se encontrava o Lago Cocite, era chamado então de Esfera Cainá.
Resvalando ainda mais entre aquelas esferas, Xena se depara com a segunda esfera do nono ciclo, este era denominado Antenora, lá; Xena contempla várias almas submersas até o pescoço em águas gélidas e sombrias.
Na terceira esfera que era denominada Plotomeia, estavam ali às almas submersas até a metade de suas cabeças resvalando lágrimas alheias sem poder gritar de dor e na quarta e última esfera que era denominada a esfera de Judeca, Xena contempla milhares de almas totalmente congeladas, mas sentindo um frio intenso.
Vagando mais adiante, Xena contempla uma enorme sala. Aquele lugar encontrava-se ermo, sem demônio algum obstruindo a passagem. Neste momento, Xena arqueja uma sobrancelha e a cada passo que ela dava, a luz que emanava de sua espada iluminava todo o local e eis que subitamente, ela contempla Gabrielle totalmente despida e presa às correntes de ferro ligadas a hastes de ferro presas nas paredes, haviam marcas de acoites pelo seu corpo, sua cabeça estava baixa, os olhos seus estavam fixos no chão, mas eis que algo estranho acontece, a poetisa sente todo o seu corpo arrepiar e tremer e uma sensação maravilhosa de paz e esperança enchem o seu coração e eis que a mesma levanta a cabeça e contempla a sua amada Xena caminhando à sua frente já em lágrimas alheias nos olhos seus e então, com uma voz embargada e entorpecida, a mesma refere-se à Xena dizendo:
- Xena...?
Neste momento, Xena desfere um golpe de espada nas correntes fazendo-as se quebrar libertando a poetisa guerreira e eis que as guerreiras amantes se abraçam fortemente enquanto Gabrielle resvala grossas lágrimas de tristeza por estar em um lugar tão tétrico e alegria por estar novamente com a sua amada Xena onde a princesa guerreira acalanta a sua pequena amada e lhe diz:
- Shi... Calma meu amor, eu estou aqui agora.
- Esse lugar é horrível Xena.
- Eu sei, eu sei, mas eu estou aqui agora e vim te trazer de volta.
- Eu nunca abandonei a minha esperança de que no momento certo, você viria.
- Eu nunca vou te esquecer, nunca vou te deixar, ok?
- Eu te amo Xena.
- Eu também te amo Gabrielle.
- Eu estou fraca, minha cabeça e meu corpo doem muito.
- Calma! Tudo isso vai passar, eu estarei sempre do teu lado meu amor.
Xena toca o seu dedo indicador e médio na testa de Gabrielle e subitamente, a mesma se regenera de todas as feridas e já vestida com a mesma saia e blusa que estavas a vestir antes de Morte ceifar a sua alma.
Subitamente, Xena e Gabrielle escutam palmas ritmadas em demasiada lentidão e num enfoque de sarcasmo, alguém reverberou dentro daquele enorme salão dizendo:
- Como é lindo o amor das duas guerreiras...!
Xena e Gabrielle olham para o lado oposto da sala e eis que surge diante delas uma enorme jaula e dentro dela, elas contemplam Lúcifer.
Xena então o responde ainda mais sarcasticamente:
- “Lucirone”... Como tem passado?
- Graças a você Xena; hoje eu sou um deus. Eu sou o rei soberano daqui, mas eu não me esqueci do que tu me fizeste. Fizera-me cometer os sete pecados capitais e me colocara aqui.
- Acho que este local serviu pra você.
- Daqui desta jaula eu não posso sair, mas sabei-lo; quando os querubins romperem o sétimo e último selo sagrado do apocalipse, eu estarei livre e tu serás a primeira alma que eu irei dragar.
- Quando você sair, eu estarei te esperando para mandá-lo de volta pro inferno.
Neste momento, Lúcifer rosna de raiva fixando os olhos seus em Xena e então, a princesa guerreira abraça a sua amada poetisa guerreira e as duas são materializadas de volta para o plano terrestre. As duas guerreiras assomam em outro templo de Afrodite agora na Calcedônia.
Xena e Gabrielle se sentam em bancos de madeira com almofadas feitas de algodão forradas por um pano de cor rosa por mimo de Afrodite e então, Xena refere-se à Gabrielle dizendo:
- Como você está?
- Confusa, mas bem agora que estou com você. Você foi até o inferno mesmo por mim Xena?
- Eu faria tudo por você Gabrielle. Sem você eu não posso viver. Você é como o ar que eu respiro. Como eu já disse antes; tudo o que eu faço é por você.
- Eu faria o mesmo por você Xena. Nossas almas estão ligadas...
- Elas são uma só Gabrielle.
- Eu te amo tanto Xena...!
- Eu te amo mais ainda Gabrielle, mas me responda uma coisa.
- Pode perguntar...!
- O que aconteceu lá?
- Foi horrível Xena. Havia dois demônios que entraram naquele salão e então, eles me acoitaram com chicotes...!
- Mas quando eu cheguei lá, você... Estava sem roupas. Eles...
- Não. Isso não, eles falavam o tempo todo que a minha alma precisava estar intacta para o Senhor deles.
Neste momento, Gabrielle fixa os olhos seus em Xena e observa que lágrimas alheias resvalam dos olhos de sua amada princesa guerreira e então a poetisa segura à destra de Xena olhando-a fixamente e então, as suas faces começam a se encontrar e o estalar de um beijo é anunciado e então, os lábios seus se encontram roçando um no outro e após esse mimo, as suas línguas ásperas se encontram e passam a se acariciar e explorar cada centímetro de suas bocas.
A princesa guerreira passa a acariciar a face de Gabrielle com a sua mão esquerda enquanto a poetisa acaricia o ombro direito de sua amada Xena e então, subitamente, o serafim Amandriel em sua forma humana; assoma se materializando diante das guerreiras para espanto das mesmas e então, Xena o indaga dizendo:
- Amandriel...!
- Perdoem-me, mas temos problemas Xena...!

Continua no próximo capítulo...

Olá pessoal, tudo bem?
Antes de tudo, eu gostaria de deixar algo claro; a geografia do inferno descrita neste capítulo fora inspirada na obra “A Comédia Divina” ou “O Inferno de Dante”. Contudo; eu citei e adicionei muitos detalhes por criação de minha mente. Eu apenas usei do livro, os nomes dos ciclos e seus significados, fora isso; são criações de minha mente.
Eu recebi uma grande recepção esta semana por causa do capítulo anterior e foi algo que me motivou bastante a continuar enviando os capítulos desta fanfic para o blog. Como sempre; eu fico muito grato pelos leitores (as) e pelo blog em si por me proporcionarem isso e continuem me enviando essas mensagens, pois isso motiva ainda mais o autor e eu respondo todas as mensagens. Se você está gostando da fanfic; curta e comente sobre o que você está achando, pois só assim eu saberei, mas calma que a fanfic ainda não terminou. Ainda há muita coisa pela frente.
Quem quiser saber mais sobre mim como escritor e poeta e ficar ainda mais por dentro dos capítulos da fanfic, me segue lá no Twitter: @carlos_vladxena
Ou envie mensagem para os endereços eletrônicos:
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carlos_vladxena@hotmail.com (Outlook)
Xena conseguiu salvar a alma de Gabrielle, mas o que irá acontecer quando os querubins romperem o sétimo selo sagrado do apocalipse e quais problemas ocorreram para Amandriel surgir diante de Xena e Gabrielle?
Isso, vocês só saberão no próximo capítulo. Um forte abraço e um beijo a todos os leitores (as).

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