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DAS SOMBRAS DA MALDADE AO FOGO DO AMOR



AUTORA: XENAEGABI


Aviso de conteúdo: sexo, violência, linguagem imprópria.




Sinopse


Xena, a impiedosa mulher que governava e dominava agora toda a Grécia era também conhecida como a Conquistadora de Nações. A destruidora e temida mulher vivia mergulhada em um poço de escuridão e maldade. A sombra do poder e tirania leva dentro de si profundas dores que nem mesmo o tempo e toda frieza levaram de sua alma. 

Fechara-se em um mundo onde não permitia nada e nem ninguém se aproximar, vestiu a capa da maldade e resolver acreditar que aquela era ela, mas o mundo se encarregaria de mostrar a ela que nem todo poder do mundo seria mais forte que o rugido do destino e nem maior que os anseios de um coração que jamais admitira que tudo que precisava era de AMOR.





CAPÍTULO 1. Medo do desconhecido



Xena andava perdida em seus pensamentos sentada em seu trono na sala de audiências, a luz do sol que se via entrar pelos grandes vitrais da janela anunciava o fim daquele cansativo dia de conversas burguesas com  membros da corte que pensavam somente em defender suas próprias fortunas. Empalidecida pela fria luz que tomava seus cálidos olhos azuis, Xena repassava mentalmente o caminho que havia percorrido para chegar até ali, em sua cabeça cenas das ferozes batalhas, a saudade de um pequeno vilarejo onde se criara e a inevitável lembrança saudosa do seu grande amor... Seu irmão Lyceus.

Ao se dar conta das lembranças, Xena se pega aborrecida consigo mesma, sem saber o que a chateava mais, se as tristes memórias ou aqueles amontoados de nobres asquerosos que a cercavam tentando influir em suas decisões e até conspiravam contra ela, e ela sabia, essa memória a fez soltar um irônico riso.

Erguendo-se em um escultural corpo, a bela morena de cabelos longos e traços bem definidos atravessou a sala rumo à porta indo em direção de seus aposentos. Ao atravessar a porta notou a presença de dois membros da guarda real que a saudaram com toque de suas lanças ao chão e a mão ao peito. Xena passa por eles sem sequer olhar em seus rostos, achava um desperdício tanta bajulação e não entendia o motivo daquelas figuras ficarem plantadas à porta dia e noite, ela era uma hábil guerreira e seria capaz de destripar qualquer inimigo em um piscar de olhos, porém  seu bravo e fiel general Nereu  que entrou junto com ela quando tomaram Corinto não permitia que relaxasse em sua segurança.

Após dominar a Grécia tudo transcorria em certa ordem e com prosperidade, o que agradava e muito a conquistadora que  tinha por lei manter assim os seus domínios. Como paz nunca fizera parte da vida daquela mulher, sempre cruzavam seu caminho desordeiros imbecis que acabavam presos à ponta da sua espada. Da suntuosa sala de banho Xena imersa em águas mornas e esfregava seu belo corpo quando aguça seus sentidos e ouve um estampido contra o que parecia ser os portões da fortaleza. Imediatamente se pondo de pé olha pela janela e seus lindos olhos azuis encontram fumaça.

- BASTARDOS. Vejo que terei um pouco de distração no fim do meu dia.

Ao lado de fora dos portões de Corinto, embrenhado no mato, o perigoso comerciante de escravos e antigo inimigo de Xena que atendia pelo nome de Mezentius arrastava alguns homens e mulheres, lhes surrando e arrastando em direção a fortaleza. Escravos acostumados com tais tratamentos simplesmente seguiam o caminho, mas uma jovem loira que tinha seu rosto coberto de sangue e arranhões lutava bravamente tentando se soltar daqueles homens, pois não aceitava para si aquele destino. Impressionava a Mezentius a força que trazia tão pequeno ser que lutava por sua liberdade e aos berros o chamava de porco. 

Tomada pelos loiros fios de cabelo fora lançada ao chão e golpeada várias vezes. Ali perto aqueles homens mantinham uma fogueira que cozinhavam algo  nojento para alimentar suas bocas e, caída em meio a lagrimas, a menina somente soluçava e lamentava tão cruel destino. Seus olhos verdes esmeralda ainda levavam no fundo  a pureza de uma criança que  se perdia em um mundo de maldade a qual tinha muito medo.

A frente fora enviado meia dúzia de homens destinados a corinto negociar escravos com a conquistadora e  que insistentemente forçavam os portões. Xena saira de seus aposentos trajando uma calça de couro  negra, e por cima tinha uma camisa no mesmo tom de longas mangas, botas de guerreira e sua espada rodopiando em mãos com uma rara habilidade invejada por muitos. Ao sair em passos largos pelo pátio do castelo Nereu e alguns homens correm ao seu encontro para avisar que em seus portões estavam homens a mando de seu inimigo.

- Majestade, os homens de Mezentius insistem em entrar e falar com a senhora.

- Então os homens daquele imundo querem ter comigo?

- Sim senhora - responde Nereu já com olhos sobressaltados, pois conhecia bem o que se desenhava naquele olhar. 

Seguindo em direção aos portões, Xena ia bufando de raiva - Maldito seja - Há tempos ela detestava aquele homem  sujo que fedia a léguas, sabia que tratava como animais os escravos que trazia consigo, embora fossem escravos ainda eram gente, ou não?

Nas dependências de corinto eram mantidos escravos para serviços do castelo, porem se não cometessem insubordinações com ela tinham a vida que merecia um escravo, dura, porem sem muitos horrores.

Nesse momento se desenha um sorriso nos lábios da impiedosa que seguia agora com um bando de soldados no seu encalço rumo ao portão. Xena sorrira ao se lembrar daquelas escravas eleitas para frequentarem sua cama e satisfazer sua conhecida luxúria. Tais mulheres eram vistas sair de seus aposentos machucadas, aos prantos. O vigor de Xena não era só nos campos de batalhas, sua fama de amante ardente e bruta atravessava os corredores do palácio.

Ao abrir os portões se depara com seis homens que fediam mais que 100 porcos juntos.

Pegando um pela garganta e erguendo, Xena gargalha maldosamente cuspindo palavras sobre  os homens a sua frente - Imbecis,  o que fazem a minha porta? Vieram ter o prazer de serem estripados por minha espada?

Vacilante na voz, um deles eleva voz com ruído trêmulo - Viemos lhe oferecer umas belas peças para o trabalho de sua fortaleza, Conquistadora. Mezentius muito aprecia lhe servir com  bons braços.

- Onde está aquele covarde? Se borrando no meio do mato? Agora precisa de cachorros sarnentos rondando minha porta para trazer recado?

Apressado em soltar-se daquelas poderosas mãos o homem que permanecia erguido balbucia sobre o acampamento que mantinham ali perto e convidava a Conquistadora a ir atá lá, uma vez que Mezentius não podia pisar em corinto.

Xena brada com seus homens, e solicita que dois soldados além de Nereu a acompanhem para banir daquela terra aquele tão odiado comerciante de escravos.

- Minha senhora - diz Nereu com ar preocupado - A noite já está para cair e não considero prudente a senhora entrar mato afora com esses bastardos indo de encontro daquele monstro.

- Agora mandas em mim?

- Não senhora, mas não vejo necessidade de arriscar sua vida, a fortaleza está bem guarnecida de braços para os trabalhos, lhe falta algo?

Xena em um tom duro solta - Diversão.

Naquele momento Nereu lança um olhar para dois de seus melhores soldados e entram na mata atrás de Xena que já andava bravamente até mesmo na frente dos homens que vieram buscá-la.


- Vou matar esse bastardo e assim não terei mais chateações com aquele insolente. 

Marchando a duros passos, cortando galhos que se interpunham em seu caminho  a Conquistadora escuta gritos de horror de uma mulher e seu semblante endurece. Não muito longe dali a figura da escrava miúda e loira berrava e tentava a todo sacrifício se livrar daquele homem fedido que agora se punha sobre ela. Mezentius segura seus braços  e se metia no meio das pernas daquela jovem.

Com dificuldade de segurá-la, solta um pouco suas calças, rosnando - Eu vou mostrar como se trata escravas atrevidas, vou lhe dar um tratamento que merece vagabunda - Esbofeteia o rosto  que estava banhando em lágrimas, os gritos agora quase que sumiam na escuridão que caia sobre as árvores. 

Em seus pensamentos a inocente menina via que seria corrompida e brutalmente abusada pelo comerciante. Este com muito custo conseguira se desnudar e ao que ia arrombá-la brutalmente sente um frio a roçar seu pescoço e se vira assustado dando de cara com a alta figura que tinha ódio nos olhos ao ver aquilo.






Notas da Autora:

Espero que tenham gostado da minha primeira Fic. Sugestões são sempre bem vindas. Coisas surpreendentes no caminho.


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